Parte 4



Parte 4
'Let It Be'
Deixe Ser
Dando continuidade às 5 Maneiras de Lidar com a Eco-Ansiedade, vamos nos conectando cada vez mais com nossa natureza interna.
A cada parte que percorremos, nossa jornada nesta minissérie vai se tornando mais profunda e transformadora.
Na parte anterior, esclarecemos o que é compaixão. E trouxemos essa palavra quase misteriosa para uma ação tangível e acessível:
Ativar o amor e a conexão.
Vimos também que podemos praticar esse amor e conexão com a Terra na nossa Prática do Coração aos domingos (online e gratuito)
E listamos alguns dos benefícios pessoais que a prática pode trazer para seu corpo e sua vida.
Se você não viu ou quer rever a parte anterior, pode apertar aqui.
Se você quer acessar todas as partes desta minissérie, comece aqui.
Hoje nós vamos trabalhar uma parte prática que é, em geral, muito mais desafiadora para nosso ego. Mas é também muito libertadora.
Um mau dia para o ego é um ótimo dia para a alma.
Vamos abordar um dos hábitos mais exaustivos em que todos acabamos caindo: tentar controlar coisas e pessoas que simplesmente estão além do nosso controle.
Se você já se percebeu preocupada com o que os outros estão pensando sobre você…
Se você já se pegou preocupada com as escolhas das outras pessoas…
Se você já se pegou frustrada porque não consegue mudar os outros, porque o que os outros fazem não é da forma como você acha certo, ou já se pegou aflita porque não consegue mudar o mundo que está tão ao contrário…
Então você já deve ter percebido que esse padrão pode deixar você aprisionada num ciclo constante de estresse e decepção.
Isso é um prato cheio para a ansiedade, você deve ter percebido.
Hoje convido você a dar um passo pra trás e reconhecer uma verdade simples:
Sua vida é valiosa demais para ser desperdiçada com o que você não pode controlar.
Isso é tão importante, que eu quero que você leia de novo:
Sua vida é valiosa demais para ser desperdiçada com o que você não pode controlar.
Em vez de lutar contra tudo e contra todos, a solução é surpreendentemente simples: permissão.
E, para a sua liberdade profunda, você pode explorar a permissão em duas frentes:
1.
Permitir que cada um seja o que escolhe ser.
Deixa cada um ser o que escolhe ser.
Deixa julgarem. Deixa seguirem seu próprio caminho. Deixa cometerem erros.
A mágica está em abrir mão da vontade de intervir ou corrigir. E então redirecionamos essa energia para dentro.
Sim, eu sei que não é fácil deixar de reagir.
Mas, ao mesmo tempo, quando você abre espaço através da permissão, o que você descobre em você é uma liberdade profunda.
Sem o julgamento constante, você para com as batalhas intermináveis dentro da sua mente.
(Eu sei que pode ser difícil, por isso trabalhamos isso juntos na Estufa)
Você abre espaço mental para recuperar sua energia, seu tempo e seu bem-estar emocional.
Ao escolher deixar os outros serem quem são, você cria espaço para focar no que realmente importa: o seu crescimento, os seus objetivos e a sua paz.
Você tem tempo, espaço mental e energia para ser a contribuição no mundo que você nasceu para ser. (Mesmo que você não tenha clareza de seu propósito ainda. E se seu propósito for simplesmente ser você?)
Não existem pessoas extras no planeta.
2.
Permitir que você seja você. Plenamente.
Exercitar a permissão nas duas frentes é como equilibrar os pratos de uma balança:
O “Deixa eles” vem acompanhado do “Deixa eu”.
Deixa eles viverem as vidas deles... e deixa eu viver a minha vida.
Deixa eles terem suas opiniões... e deixa eu me firmar na minha verdade.
Tiramos a energia desperdiçada na nossa opinião sobre os outros - e assim podemos fechar a porta do poder dos outros sobre nós mesmos.
Não precisamos mais da aprovação externa para sabermos quem somos e como devemos atuar no mundo.
Criamos limites emocionais, autocompaixão e auto responsabilidade.
Você não precisa mais resolver todos os problemas nem carregar todos os pesos. Ao adotar a permissão, você abre a porta para uma vida mais leve e intencional.
Quando você para de querer estabelecer os resultados que você acha certos e começa a confiar no Fluxo Natural da Vida, você encontra algo extraordinário: clareza, leveza e um novo poder dentro de você.
Deixa eles. E deixa você.
Assim como você cuida do seu corpo — caminhando, alimentando, escovando dentes, falando com suas células com carinho — você agora pode cuidar da sua vida interior do mesmo jeito.
Com a prática da permissão todos os dias, você pode voltar ao amor, à abundância, à paz, ao bem-estar.
Aprofundar a prática da compaixão em direção a você mesma é o tema da parte 5 :)
Carpe Diem
Bora Plantar Luz?!
Turi
Então eu enviei esse texto anterior por email para as pessoas, e elas me pediram um pouco mais…
"Como eu faço isso?"
"Como eu posso estar diante de uma pessoa falando absurdos e não reagir?"
"Como eu posso não fazer nada?"
Bem, vamos por partes.
Primeiro, não é sobre 'não fazer nada'. Se a humanidade está abusando da vida e do planeta e acelerando a sexta extinção em massa e a extinção da própria espécie… não é exatamente 'não fazer nada' que precisamos.
O que precisamos é tomar decisões e ações construtivas, que podem apresentar resultados consistentes. É como conversamos na introdução e na parte 1 desta minissérie.
Falamos também sobre a importância da felicidade para criar um Novo Mundo.
Quanto mais felizes nos tornamos, mais contribuímos com uma nova consciência ambiental, com uma Nova Terra.
Aqui entra um detalhe importante:
Você percebe que não dá para estar feliz se estiver em conflito, reagindo às ideias de outras pessoas?
(Considerando que reagir e responder são duas ações diferentes)
Não é sobre 'não fazer nada'. E não é sobre reagir.
É sobre responder apropriadamente.
É sobre pegar essa energia que você usaria para tentar controlar os outros e usar positivamente em direção a você mesma. Para você estar centrada, lúcida e feliz, e assim poder tomar atitudes construtivas que realmente podem fazer a diferença.
E então voltamos à pergunta inicial:
"Como fazer isso?"
Tem duas formas.
1. A Teoria do "Deixa"
A primeira forma é a mais simples de aplicar e por onde eu sugiro você começar. A Teoria do Deixa implica em simplesmente dizer pra você: "Deixa."
A pessoa está agindo mal? Deixa.
A pessoa não respondeu como você esperava? Deixa.
Controle o que está sob o seu controle.
Você pode interromper o julgamento que está fazendo da outra pessoa e simplesmente repetir pra você mesma: "Deixa."
Não se deixe enganar pela simplicidade desta prática. É simples, mas muitas vezes não é fácil.
O seu ego vai querer falar mais alto, vai querer que você tenha razão e vai querer que você mostre pra todo mundo que você está certa. Não entre no jogo do ego. "Deixa."
2. In Lak'ech
A segunda forma é mais espiritual e mais profunda.
É uma prática sugerida pelo Neale D. Walsch, autor da série Conversando com Deus, e se baseia no conceito de que não existe uma separação verdadeira, que no fundo somos todos Um.
Somos todos expressão de uma única Consciência.
Então, quando você está diante de qualquer pessoa (ou qualquer ser, se você quiser levar isso mais longe ainda), você procura ver nela um outro Você.
"Olha eu aí, jogando lixo na rua!"
"Olha eu aí, toda nervosa e agressiva."
"Olha eu aí, brigando no trânsito."
"Olha eu aí, cortando árvore."
Tem um detalhe aqui. Interno e importante.
Se você está olhando para os outros 'você' e está se sentindo culpada ou envergonhada pelo que os outros estão fazendo, então pare esta prática. O que está acontecendo aí dentro é a ativação de programas da mente que precisam ser limpos e reestruturados.
(Fazemos isso no treinamento Adeus, Lagarta!, dentro da Estufa. Ou marque uma conversa com a Turi.)
Quando olhamos para os outros e procuramos nos ver neles, devemos fazer isso com compaixão. É sobre ver a Unidade que está em todos, em tudo, e em nós mesmos.
Compaixão por todos nós. Essa é a essência da prática.
In Lak'ech Ala K'in
(Saudação de origem maia que significa 'Eu sou você, e você sou eu')
Bora Plantar Luz?!
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Turi
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