O Dia da Terra
e a Eco-Ansiedade



O Dia da Terra
e a Eco-Ansiedade
É normal estar apreensiva com as mudanças climáticas
Dia 22 de abril é o Dia da Terra.
Mas que outro dia não o é? As mudanças que precisamos podem acontecer em um dia só no ano?
A mudança para uma Nova Terra acontece nas escolhas silenciosas e consistentes que fazemos todos os dias.
Desde o que comemos, o que vestimos… até o que sentimos e as nossas atitudes a partir dos sentimentos.
E é sobre esse destaque aí em cima que quero conversar com você.
Porque você pode estar lúcida disso, ou não. Mas as escolhas que fazemos de como agir ou não agir são sempre baseadas no que sentimos.
E as melhores escolhas que fazemos são quando estamos felizes? Ou quando estamos mal, com raiva ou com tristeza?
Shawn Achor passou 20 anos em Harvard estudando felicidade. São palavras dele:
Quando se encontra uma forma de se sentir feliz no momento presente, você tem uma vantagem imensa: a criatividade triplica, a inteligência aumenta, você tem 39% mais chance de passar dos 90 anos… E, literalmente, todo resultado de educação ou negócio melhora quando a gente escolhe felicidade primeiro.
Não definimos felicidade como prazer, que passa rápido. Definimos felicidade pela alegria que você sente quando se move em direção a seu potencial. Felicidade você pode experimentar mesmo quando a vida não é prazerosa.
Talvez você esteja pensando como eu que, se as pessoas no mundo forem mais felizes, vão saber fazer escolhas mais sábias em relação ao meio ambiente.
Alice Isen e Barbara Fredrickson também são pesquisadoras renomadas no campo da felicidade. São palavras delas:
Quanto mais felizes estamos, mais queremos ajudar os outros a estarem mais felizes.
Quanto mais os outros ficam felizes, mais felizes ficamos.
É criada uma espiral virtuosa ascendente entre nossa felicidade e a felicidade dos outros.
Em outras palavras: quanto mais felizes nos tornamos, mais podemos contribuir com uma nova consciência ambiental, com uma Nova Terra.
Então podemos perceber que tem um lado dessa crise climática toda que não está recebendo nem de perto a atenção que merece.
Se você sente um aperto no peito testemunhando a insanidade da humanidade diante da natureza…
Se você sente uma tristeza profunda pensando no planeta que estamos deixando para as próximas gerações…
Você não está sozinha.
Eco-ansiedade é essa sensação de angústia, medo ou impotência diante da crise ambiental.
E não acredite nessa voz aí dentro da sua cabeça querendo diminuir a importância disso, essa voz cruel dizendo "Ai, que exagero!"
Não é exagero. Essa ansiedade climática é uma resposta emocional legítima à destruição dos ecossistemas, às mudanças no clima e a essa sensação de que algo precioso está escapando por entre os dedos.
A American Psychological Association define eco-ansiedade como o “medo crônico da destruição ambiental.”
É um medo legítimo do que ameaça a nossa vida.
E não para por aí.
A psiquiatra e ativista climática Lise Van Susteren cunhou um termo ainda mais profundo: o estresse pré-traumático:
“Eu comecei a sofrer o que eu chamo de estresse pré-traumático – o medo antecipado das catástrofes climáticas que sabemos que estão chegando. Eu estava sendo afetada emocionalmente não por algo que já havia acontecido comigo, mas pelo que estava por vir.”
Qualquer pessoa com o coração no lugar está sujeita a esse estresse pré-traumático. Você não está sozinha.
Ao contrário dos outros fatores de estresse, que tendem a ser relacionados com experiências pessoais, a mudança climática é mais universal, crônica e, muitas vezes, intangível.
Por isso a ansiedade climática tem o potencial de afetar pessoas de todas as esferas da vida, em todos os lugares do mundo.
A eco-ansiedade é um tipo de angústia que geralmente se baseia em sentimentos de incerteza, falta de controle e preocupações com o bem-estar ou a segurança.
As mudanças climáticas podem provocar emoções como tristeza, raiva, vergonha, perda, culpa, desesperança e fadiga, entre outras.
E a pessoa não precisa ter sofrido impacto direto (como perder sua casa), essa angústia também se aplica a todos os impactos secundários.
Em seu TED Talk, a autora e pesquisadora líder em saúde mental e mudança climática Britt Wray nos apresenta como a mudança climática está afetando nosso bem-estar mental, social e espiritual. Ela diz:
"A saúde mental precisa ser parte integrante de qualquer estratégia de sobrevivência à mudança climática, e requer investimentos, ética de equidade e cuidado, e consciência generalizada".
Por isso tudo é que pra você, querida Peperômia, as próximas páginas vão ser dedicadas a 5 maneiras de lidar com a eco-ansiedade e encontrar mais felicidade na sua vida.
Aprender a lidar com a ansiedade climática pode ajudar você a:
Espero que você aprecie o que vem pela frente.
Vamos fazer do Dia da Terra um estilo de vida, não uma hashtag.
>>> Continuar para a Próxima Parte
Bora Plantar Luz!
Turi
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