Esta é a continuação da chamada O Perdão das Árvores. Se você não leu desde o início, pode acessar apertando aqui.
Passo 3
O que (mais) podemos fazer?
Esta é uma história pessoal.
Eu vou contar o que aconteceu. Não é ficção, porque aconteceu comigo.
Foi naquele tempo em que o mundo virou de ponta cabeça e cada um ficou guardado na sua própria casa, poucos anos atrás.
O medo, a tristeza e a insegurança estavam, literalmente, no ar.
(Se tudo é energia, se tudo é vibração…)
Eu tinha acabado de me mudar. O caminho que eu mais percorria era até o hortifruti porque, afinal, ainda tinha que comer. Então eu passava quase sempre pela mesma rua.
Antes de continuar, vamos falar sobre pontos fracos. Cada um tem o seu: aquele lugar que, quando é tocado, desestabiliza a gente por inteiro.
O meu ponto fraco é ver seres indefesos sendo mal tratados. Tipo árvores cortadas.
E um dia, naquele tempo de quarentena, nesse caminho para o hortifruti, eu vi uma árvore sendo podada drasticamente por um grupo de homens em cima de um caminhão. Minhas pernas tremeram. E uma raiva silenciosa se instalou e tomou conta de mim.
Daquele dia em diante, cada vez que eu passava por essa árvore, eu tocava nela e compartilhava meu amor. E era como se ela entendesse.
E ela floriu inteirinha!
[O que é a reação natural de uma planta que acha que vai morrer, para espalhar as sementes em nome da sobrevivência da espécie. Mas vamos manter a poesia.]
Só que, dentro de mim, a raiva não passou. Fervia essa raiva do ser humano sem noção que usa a natureza como se tudo fossem coisas a serem descartadas, neste mundo desigual e injusto. O mundo do medo e da dominação pela força…
Dentro de mim essas verdades estavam martelando minha mente, continuamente.
E, conforme os dias passavam, essas verdades iam se revelando mais verdadeiras ainda.
As evidências eram óbvias: mais uma árvore foi cortada na mesma rua.
E, algumas semanas depois, mais algumas árvores foram cortadas na mesma rua.
E depois mais uma. E depois mais outra.
Raiva, medo e revolta, tudo crescia dentro de mim enquanto minha voz estava estancada na garganta. Eu não sabia para quem gritar.
Eu me sentia uma aranhinha querendo proteger sua teia da vida, diante de um king kong de destruição.
A cada ida ao hortifruti, uma nova surpresa.
Até o dia em que eu cheguei em casa soluçando e sem conseguir conter o choro . Minha amiga, aquela que tinha sido violentamente podada, foi cortada rente ao chão com todas as suas flores.
Fiquei muitos dias sem sair de casa. Coração estilhaçado.
O que podemos fazer para impedir a realidade que se manifesta bem na nossa frente?
Foram 8 árvores retiradas de um só quarteirão, em 8 semanas.
Às vezes tenho que consultar meus próprios ensinamentos para acessar algumas verdades que, na dor, não enxergamos.
Quando dói, quando estamos com medo, quando estamos com raiva, nessa hora ficamos cegas e esquecemos o que podemos fazer.
E não adianta esperar resgate. Temos que ser nosso próprio resgate.
E foi assim, me resgatando, que eu percebi:
Se você me perguntasse quais árvores tinham sido cortadas, eu sabia nomear todas, dar a localização de cada uma e mostrar o vazio que foi deixado pela sua ausência.
Mas se você me perguntasse quais as árvores permaneciam vivas, inteiras, vivazes na rua…
Quais eram?
Onde estavam?
De que cor são suas flores?
Que altura que elas tinham?
Hmm… É…
[Isso. Você entendeu.]
Quando comecei a me perguntar quais os seres presentes, que estão alinhados com meu desejo de ter as árvores vivas… Eu tinha apenas uma vaga ideia. Então algo aí tinha que mudar.
E me dei a Missão:
Mudar o foco das árvores que se foram para as árvores que estão vivas.
Claro!
E adivinha qual foi a ferramenta que eu usei para isso?
Sim, ho'oponopono.
Me guardei em casa (estávamos todos em casa) e me pus a praticar.
[Detalhes sobre o workshop Ho'oponopono para as Árvores no final desta página]
Agora você pode acreditar que o que aconteceu foi mera coincidência…
…ou você pode mergulhar nos estudos da Lynne McTaggart, HeartMath Institute e outros cientistas que cada vez mais provam o poder das nossas intenções.
Eu, confesso, só fui estudar a intenção depois de ver o que eu vi:
Nos próximos dois meses, depois de iniciar minha prática de ho'oponopono para as árvores, e de reconhecer e agradecer todas as que estavam lá vivas, presentes…
Aquela rua recebeu oito novas árvores. De uma hora pra outra.
Pararam de ser cortadas e passaram a ser plantadas.
A história que nos contaram é uma história de impotência, de separação, conflito e competição. O problema é que essa história não é verdadeira.
Vivemos de acordo com a história de que você é separada do planeta que nós somos separados uns dos outros. Faz 150 anos que a ciência está contando uma história de separação, escassez, competição, luta e conflito.
E de insignificância. Essa história diz que somos resultados de mutações aleatórias e que não temos significado nenhum no planeta.
A sabedoria dos nossos antepassados conta uma história bem diferente. As tradições milenares contam a história de que somos todos conectados uns aos outros e que vivemos em um universo de abundância.
…Que a nossa natureza de cooperação é maior do que a de competição, que vivemos em um mundo de harmonia e que a vida humana tem um significado, que somos poderosos e que somos parte de tudo.
E a nova ciência também começa a mostrar que somos mais poderosos do que jamais nos levaram a acreditar. As novas descobertas nos dão razão para pensar diferente, nos dão uma nova história, que é linda, cheia de esperança, possibilidade, empoderamento e conexão.
Para criar um mundo novo precisamos pensar diferente e agir diferente. Não é sobre criar novas leis, é sobre um jeito diferente de pensar, um jeito diferente de viver.
- Gregg Braden
Os detalhes sobre o workshop Ho'oponopono para as Árvores estão aqui embaixo.
Bora Plantar Luz!
Turi
Sobre o workshop:
O workshop "Ho'oponopono para as Árvores" vai dar pra você a ferramenta que você precisa para sair da angústia, ao mesmo tempo em que atua positivamente no aumento de consciência da humanidade.
Para participar, inscreva-se aqui embaixo e você vai receber maiores informações, data da próxima edição e detalhes para participar.
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